Zahil lança catálogo para 2018, com boas novidades
Ao completar 31 anos de existência, a importadora Zahil, dos irmãos Antoine e Serge Zahil, apresenta seu catálogo para 2018, com muita informação, algumas vinícolas novas e preços que levam em conta as atuais dificuldades da economia brasileira. “Apesar da crise econômica, a Zahil continua crescendo”, diz Serge. “Para isso, cortamos custos e estamos buscando vinhos com preços mais razoáveis, com foco na distribuição em grande escala”.
A empresa representa nomes bastante conhecidos em nosso mercado, como os chilenos Viña Los Boldos e Aquitania; os argentinos Rutini, Salentein e Callia; os franceses Trimbach; Château Kefraya, do Líbano; os italianos Michele Chiarlo e Il Carbonaione; os espanhóis da casa La Rioja Alta; e os ícones da Casa Ferreirinha, de Portugal, entre eles o Barca Velha.
Os irmãos Zahil vieram do Líbano, primeiro Antoine, na década de 1970, depois Serge, alguns anos mais tarde. De início trabalharam com a comercialização de alimentos, especialmente palmito e conservas. A importadora surgiu em 1986, mas passou a se dedicar apenas à distribuição de vinhos em 1999. “Por princípio, mesmo nas faixas de preço mais acessíveis procuramos selecionar somente vinhos com qualidade”, completa Antoine. Para orientar a escolha, contam desde o começo com a consultoria do especialista Jorge Lucki.
O carro-chefe são vinhos de bom preço, como os argentinos de Bodegas Callia. No total, o portfólio da Zahil reúne cerca de 330 rótulos de 70 produtores, de 12 países diferentes, incluindo o Brasil (origem da vinícola gaúcha Don Abel). Todos eles estão no novo catálogo, que tem edição primorosa e foi produzido pela equipe da importadora, tendo à frente Bianca Veratti e Bernardo Pinto, ambos certificados com o diploma internacional do Wine & Spirits Education Trust (DipWSET).
Além da versão impressa, o novo catálogo terá versão eletrônica, que poderá ser consultada pela Internet e redes sociais. Chama a atenção o fato de as 30 primeiras páginas serem destinadas exclusivamente a informações, que resumem as principais etapas da produção de vinho, falam dos principais países produtores, explicam como se devem ler os rótulos.
Esta espécie de guia certamente será útil para a formação de consumidores e também de profissionais de restaurante ou de lojas que vendem a bebida. Um dos capítulos mais interessantes se refere à harmonização entre comida e vinho. Por exemplo, para pratos de massa sem recheio, acompanhadas de molho branco, são sugeridos vinhos brancos de corpo médio, com passagem por madeira. Já massas com recheio de carne vão bem com tintos de corpo médio.
Alguns vinhos
O catálogo para 2018 traz novidades, como a presença de mais três produtores da Borgonha – Domaine François Raquillet e Domaine Jacqueson (ambos da Côte Chalonnaise) e Domaine de Rochebin (do Mâconnais). Seus tintos e brancos devem chegar por aqui em breve.
Mas para dar uma mostra do estilo dos vinhos distribuídos pela importadora, avaliamos aqui três rótulos exemplares, em diferentes faixas de preço.
Callia Alta Malbec 2016
Bodegas Callia – San Juan – Argentina – Zahil – R$ 55 – Nota 88
San Juan é a segunda maior região produtora argentina, depois de Mendoza. Ali o grupo holandês MP Wines (Salentein) possui 640 hectares de vinhedos, nos vales Tulum e Pedernal. O tinto, com rápida passagem por madeira (3 meses), tem aromas de frutas vermelhas maduras. Jovial e macio, é agradável e fácil de beber, bom para o dia a dia (13%).
Château des Landes Cuvée Tradition 2012
Château des Landes – Bordeaux – França – Zahil – R$ 169 – Nota 91
O tinto da família Lassagne vem da apelação Lussac Saint-Émilion e se sai bem nesta faixa de preço. Corte de 80% Merlot, 15% Cabernet Sauvignon e 5% Cabernet Franc, repousa por 18 meses em barricas de carvalho. Lembra ao nariz cereja, ameixa, especiarias e tabaco. Destaca-se na boca, onde tem bom corpo, taninos firmes, maduros, é bem integrado e bastante amigável. A acidez e o frescor o tornam versátil para acompanhar comida (13%).
Legado 2012
Sogrape – Douro – Portugal – Zahil – R$ 3.100 – Nota 94
É um novo ícone da gigante Sogrape, a mesma que produz o lendário Barca Velha. O tinto, cujo nome faz referência ao legado deixado à família Guedes pelo patriarca Fernando Van Zeller Guedes, é produzido apenas em anos excepcionais pelo enólogo Luís Sottomayor. Vem de uma parcela especial de 7 hectares da Quinta do Caêdo, com mais de 100 anos. Como em todas as vinhas velhas portuguesas, as castas foram plantadas misturadas. Foram identificadas Touriga Franca (35%), Touriga Nacional, Donzelinho, Tinta Roriz, Tinta da Barca, Rufete, Tinta Amarela e Tinta Barroca. A idade faz baixar os rendimentos, mas produz uvas que dão vinhos com boa concentração e impressionante equilíbrio natural. Aqui, os aromas complexos trazem notas de especiarias, a canela, minerais, de tabaco, licor de cacau e groselha. Na boca se mostra macio, bem apanhado e elegante, com boa acidez e agradável frescor. É realmente um vinho de exceção (14%).
Related Articles
Vinhos Faustino, da Espanha, voltam a ter distribuição regular no Brasil
Depois de um período sem representação, o grupo espanhol Faustino, com sede na Rioja, está investindo forte para voltar a
Semana Internacional do Jerez 2019 celebra o tradicional vinho da Andaluzia, no sul da Espanha
Até o próximo domingo, dia 10, será comemorada em 39 países a #International Sherry Week 2019, ou seja, a Semana
Safra de 2017 vai mantendo expectativas
A colheita da uva prossegue e vários produtores do Rio Grande do Sul confirmam que a safra mantém as expectativas