Evento anual da La Pastina mostra alimentos e bons vinhos do catálogo da casa
Como tem feito nos últimos anos, a La Pastina, dinâmica importadora paulista comandada por Celso La Pastina, realizou esta semana seu tradicional evento Casa Aberta La Pastina SP/2018. Em charmosas barracas montadas no pátio da sede da empresa, no Ipiranga, os convidados puderam provar toda a linha de alimentos especiais e vinhos distribuídos com exclusividade pela família.
Fundada em 1947 pelo saudoso Vicente La Pastina, pai de Celso e de sua irmã Vera, na rua Santa Rosa, na antiga região cerealista do bairro italiano do Brás, a importadora cresceu, mudou em 2007 para um grande e moderno centro de distribuição na avenida Presidente Wilson e hoje é um dos nomes mais importantes do setor. A família distribui atualmente 3.700 produtos, entre alimentos, muitos deles de marcas próprias, e vinhos de 39 vinícolas, de oito diferentes países.
O grupo conta ainda com a World Wine, dedicada apenas à comercialização de vinhos – oferece cerca de 2 mil rótulos de mais de 150 produtores exclusivos, de 14 países.
No Casa Aberta La Pastina SP/2018 os visitantes puderam degustar delicadezas gastronômicas, comidas preparadas na hora e os vinhos de diversas vinícolas presentes no catálogo da casa. É sobre estes que vamos falar aqui, destacando alguns rótulos que expressam o estilo do portfólio, sendo dois do Velho Mundo e dois do Novo Mundo.
Pezzapiana Castel del Monte DOC 2013
Torrevento – Puglia – Itália – La Pastina – R$ 78 – Nota 89
Branco delicado e gostoso, proveniente da Puglia, terra natal da família La Pastina. Situada no sul da Itália, naquela parte que parece o salto da “bota”, a Puglia tem clima quente, mas com algumas zonas mais altas, temperadas pelas brisas frias. É o caso da região ao redor do Castel del Monte, construção imponente no norte da província, onde está a Torrevento, vinícola da família Liantonio. Território um tanto selvagem, com solos calcários e pedregosos, clima mediterrâneo, poucas chuvas, verões quentes e invernos rigorosos. Sem passagem por madeira, seu vinho, produzido com 70% Bombino Bianco e 30% Pampanuto, traz ao nariz notas de flores brancas e cítricos. Em corpo médio, é seco, tem textura macia, acidez firme e bom frescor final. Vai bem como aperitivo ou acompanhando peixes leves e frutos do mar (12%).
Ruca Malen Malbec 2016
Ruca Malen – Mendoza – Argentina – La Pastina – R$ 60 – Nota 89
A Ruca Malen, fundada em 1998 por dois sócios franceses, foi comprada em 2015 pelo grupo Molinos Rio de la Plata, dono das bodegas Nieto Senetiner e Cadus. Seus vinhedos se situam em Luján de Cuyo e no Vale de Uco. De início, a La Pastina trazia apenas a linha de entrada Aimé, passando agora a distribuir também os rótulos que levam o nome da vinícola. O Malbec é parte desta série. Sem estágio em carvalho, lembra nos aromas fruta madura, como cereja e morango, em meio a notas florais. Na boca é estruturado, frutado e mostra bom balanço e frescor final. Vai bem com grelhados, pizza e massas (13%).
Chakana Estate Selection Cabernet Sauvignon 2016
Chakana – Mendoza – Argentina – La Pastina – R$ 80 – Nota 91
Bodega jovem, fundada em 2002 pela família Pelizzatti, possui 300 hectares de vinhedos, dos quais 80 ha. em Agrelo, Luján de Cuyo, com certificação orgânica e biodinâmica. Suas outras fincas, em Mayor Drummond (Luján), Altamira e Gualtallary (Vale de Uco), também estão em processo de reconversão para estes manejos naturais. As uvas de seu tinto bem estruturado e elegante vêm das alturas de Gualtallary, com estágio de oito meses em piletas de concreto e barricas de carvalho (30% novas). Nos aromas há frutas vermelhas e negras, especiarias, notas de grafite e tabaco. Untuoso, tem taninos firmes, maduros, boa acidez e final refrescante. A propósito, Chakana, em quéchua, é a cruz andina consagrada pelo Império Inca e simboliza a constelação do Cruzeiro do Sul. Um grande vinho (13,5%).
Morgado de Silgueiros Touriga Nacional 2014
Adega Cooperativa de Silgueiros – Dão – Portugal – La Pastina – R$ 131 – Nota 91
Em Portugal, as adegas cooperativas ficaram com a fama de favorecer mais a quantidade do que a qualidade de seus vinhos. Mas muitas conseguiram mudar esta imagem, com um trabalho cuidadoso entre os agricultores associados e na cantina. Entre elas está a Adega Cooperativa de Silgueiros, situada no concelho de Viseu. Fundada em 1962, tem 2 mil sócios, donos de vinhedos plantados em encostas voltadas para o Rio Dão e para a Serra da Estrela. Trabalha bem a Touriga Nacional, a grande casta portuguesa, originária do Dão, como neste tinto de estrutura consistente, encorpado, gastronômico, que estagiou por 10 meses em barricas de carvalho francês. Apresenta ao nariz notas florais e algum vegetal, em base de fruta madura, lembrando cereja. Na boca é suculento, macio, com boa acidez e frescor e final persistente. Um vinho bom de beber (13%).
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