Começa amanhã, em supermercados de todo o Brasil, o grande Festival Vinhos de Portugal
É uma ótima oportunidade para abastecer a adega. De amanhã, 23 de outubro, até o dia 1º de novembro, será realizado em mais de 2.500 lojas de supermercado de 18 Estados do Brasil o Festival Vinhos de Portugal. Além das unidades das principais redes do país, participam do evento importadoras, empresas de e-commerce e lojas especializadas. Todos pretendem fazer promoções, campanhas e ações de marketing para tornar os vinhos portugueses mais conhecidos do consumidor brasileiro.
“É o maior evento desse tipo já realizado no Brasil por um país produtor de vinhos”, afirma o conhecido consultor Carlos Cabral, que contribuiu para o desenvolvimento e montagem do projeto. O festival é organizado pela Vinhos de Portugal, entidade que representa todas as regiões vinícolas lusas, em parceria com a Abras, a Associação Brasileira de Supermercados. Foi idealizado pela Opal, agência publicitária portuguesa ligada à promoção dos vinhos locais, e tem comunicação assinada pela assessoria CH2A no Brasil.
Infelizmente, por causa das restrições provocadas pela pandemia do coronavírus, as lojas participantes não poderão oferecer degustação de vinhos aos consumidores. Mas cada rede vai procurar maneiras próprias de divulgar os produtos e, em consequência, vender mais vinho. As garrafas devem ser colocadas em locais das lojas que chamem a atenção dos interessados e a existência do festival será indicada pela presença de banners, cartazes ou mesmo etiquetas especiais (gargaleiras) nas garrafas.
Se os supermercados vão dar menos ou mais descontos, ou oferecer outros tipos de promoção, só será possível saber a partir de amanhã. “Cada rede ou loja é soberana em relação às ações que pretende desenvolver e não caberia aos organizadores impor regras ou dizer o que cada um deveria fazer”, ressalta Cabral. Ele lembra que, além das marcas já presentes em nosso mercado, o festival atraiu novos produtores interessados em vender seus vinhos no Brasil, podendo contar mais de 110 rótulos entre as novidades.
Está confirmada a participação de lojas de supermercado de todas as regiões do país. Muitas vezes, campanhas desse tipo se limitam aos mercados do Sudeste e Sul, onde se concentra boa parte do consumo. Mas o festival será nacional, incluindo Estados do Nordeste, Centro-Oeste e também da região Norte, como Pará e Amapá.
Grandes nomes do setor varejista de todo o país já confirmaram participação: Pão de Açúcar, Carrefour, Mambo, Wall Mart – BIG, Hortifruti, Rede Oba, Cencosud, Makro, Supermercados BH, Mega Adega Kanguru, Irmãos Muffato, Zona Sul, Supermercado Guanabara, Supermercado Mundial, Giga Atacado, DMA Distribuidora, Covabra, Asun Supermercados, Dal Pozzo, Grupo D’Avó, Oriundi, Rede Festval, Peralta Atacadista, Sacolão da Santa, Savegnago, Supermercados Boa, Supermercados Cavichioli, União Supermercados, Verde Mar, Araújo, Arco-Mix, Bahamas, Bonanza, Coop. Extrabom, Formosa, Grupo Fortaleza, Grupo Mundial Mix, Mercearia São Luiz, Nordestão, Palato, Supernosso, Tonin, Shibata, Pague Menos, Irmão Lopes, Confiança, Jaú Serve, Comper, Cadeg, Rede Cen, Center Vila, Rede Simpatia, Supermercados Peruzzo, Supermercados Apolo e Casa Rio Verde.
Também estarão no evento os dois maiores e-commerces de vinhos no Brasil, Wine.com e Evino, e as importadoras e lojas Decanter, World Wine, Belle Cave, Empório Frei Caneca, Casa Santa Luzia, Delly Gil, Wine Face, Offer, Superadega e Empório Vinhares.
A Vinhos de Portugal e a Abras se preocuparam com o treinamento e a formação das pessoas das lojas e supermercados que vão atender o público durante o festival. A tarefa coube a Carlos Cabral, que gravou aulas e fez lives com mais de 3.500 profissionais, apresentando as características de todas as regiões vinícolas portuguesas e seus vinhos.
Portugal já é o segundo
O festival, embora específico, se soma às ações promocionais e investimentos realizados por Portugal nos últimos anos no mercado brasileiro. É um trabalho lento, que começa a dar frutos, e não por acaso o pequeno país ganha espaço aqui e está se tornando o segundo maior fornecedor de vinhos importados para o Brasil. Ultrapassou Argentina e Itália nas estatísticas de vendas e perde apenas para o Chile – que realizou trabalho promocional semelhante décadas atrás e consolidou a imagem de seus produtos junto ao nosso consumidor.
Como todos os que pretendem vender vinhos aqui, as empresas lusas enfrentaram este ano dois obstáculos de relevo: as variações do câmbio e a pandemia. Em janeiro, 1 euro valia R$ 4,50; já em agosto, o mesmo euro estava a R$ 6,75. Isso, somado à carga tributária indecente que incide sobre os vinhos no país, tornou os produtos mais caros e assustou o consumidor. A incerteza atrasou ainda decisões de compra por parte das redes de supermercado e lojas, que correm agora para repor o estoque e não perder o bonde das vendas de final de ano.
Apesar de tudo, Portugal tem o que comemorar. Os vinhos portugueses fecharam o primeiro semestre de 2020 com crescimento de 16,8% em nosso mercado, variação positiva de 17,2% em volume e de 18,6% em valor. De janeiro a setembro, as vinícolas lusas comercializaram aqui 1,7 milhão de caixas de 9 litros, o que dá a bagatela de 21,2 milhões de garrafas de 0,75 ml.
O mercado brasileiro é importante para o setor vinícola português. Nosso país é o 4º maior comprador de seus rótulos, incluindo aí as vendas de Vinho do Porto. Se excluída a comercialização de Porto, o Brasil é o segundo maior mercado para Portugal, atrás somente dos Estados Unidos.
Esta parceria tem tudo para crescer. “Portugal está atento ao consumidor brasileiro e quer estar cada vez mais próximo”, diz o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão. “Por isso, fomos onde ele está neste momento: nos supermercados, e-commerces, lojas e empórios”. Segundo ele, “o Brasil está redescobrindo Portugal, que tem uma variedade de castas incrível, e muita coisa a oferecer aos consumidores, cada vez mais ávidos por novidades”. O Festival Vinhos de Portugal deve se repetir nos próximos anos, sem pandemia, como todos esperam, e assim podendo incluir os restaurantes.
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